pensamento inacabado
Feche os olhos, por um segundo. Não, melhor: por dois. Escute o silêncio, veja pelo que não vê, enxergue pelo que se sente. Revele-se. Dispa-se dos medos e das agonias, esqueça a monotonia que adoece a coragem. Respire devagar; agora e mais uma vez.
Encontre a janela dentro de si, aproveite a brisa que acalma o terror noturno, enquanto o medo doentio se desfaz naquela música que se costumava cantar aos 13.
O vento sopra fazendo as cortinas de tecido dançar a meia luz. Os olhos cansados já não captam toda beleza, mas por ela, fecham-se e a lágrima escorre, lavando a máquina tão preciosa que captura imagens e as pendura na
parede da memória.
Abra olhos, respire mais uma vez. Na lentidão do sopro, esconde-se o mistério, esconde-se a calma precisada. O pensamento de que tudo mudará enche-se como balão. A esperança flameja fazendo-o voar alto e mais alto.
Tudo passa, o rio corre e deságua no mar. A vida passa e bate na porta do que não se conhece. Do outro lado não há resposta, silêncio somente. O impulso entra no que não há relatos, e é mais uma aventura. Talvez, a maior aventura.
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