Passou da hora,

sábado, setembro 10, 2011 3 Comments

Veja, você... tudo o que eu queria e muito agora era poder ser aquele tipinho de garota que gosta muito de sapatos, ao ponto de não se importar com mais nada. Se importar ao ponto de só pensar em como ficaria radiante desfilando naquele scarpin preto salto 10 ou naquele mocassim branco com azul que vestido com aquela saia, daria um look arrojado e descontraído. Era tudo o que eu queria, mas meu cérebro insiste em se importar com coisas que talvez nem valham a pena. E, aí, bate a saudade de casa, de Logan, dos meus pais, dos amigos, do irmão e da cunhada e daquele sonho de padaria que se comprava às quatro e quinze da tarde. 

Para lembrar:
Sonhos de padaria têm um gosto especial quando saboreados às quatro e quinze da tarde na presença da luz do sol que começa a desvanecer. 

Meu Deus, são tantas coisas e eu simplesmente não consigo fingir que não me importo, porque as mínimas coisas doem na carne... não dá pra fingir que não sinto falta de deitar na varanda, Logan ao meu lado, a cabeça descansando na minha barriga e encarar as estrelas. 
Eu sei, o céu do sertão é mais bonito - é mesmo. É tão claro e limpo. Bonito, tão bonito. Mas não é o meu céu, não são as minhas estrelas, nem é minha varanda. 
Veja, você... eu queria ser uma dessas meninas descoladinhas, que não pensam muito em nada, que não se importam ou fingem não se importar, mas não consigo. 
Alegrias superficiais me doem, o politicamente correto me insulta... e nessas horas, à uma e quarenta e dois da manhã, só a minha mãe pra dar jeito. 
Veja, você... a hora vai passando e vai me dando uma vontade louca de ir pra casa. Acho que é a hora, já tarde, mas pode ser só saudade.


Emma

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

3 comentários:

  1. muito bacana seu blog parabéns

    http://gdosfamosos.blogspot.com/

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  2. "Meu Deus, são tantas coisas e eu simplesmente não consigo fingir que não me importo, porque as mínimas coisas doem na carne..."

    Hmmmm... as vezes penso não pensar. Acho que por ter medo de não me encontrar. Medo de não ter todos os conceitos da minha existência estampados na testa. Medo que nada valha a pena.
    As vezes penso em desistir dos meus ideias, valores, conceitos. E, sinceramente não vejo isso um erro, é aí que percebo que comprar uma casa, um carro, vestir a marca não matam minha fome. Eu preciso de mais. Preciso de impossível.
    Essas coisas muito possíveis (lê-se previsíveis) me dão nos nervos.

    http://molduraseretratos.blogspot.com/

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  3. é, matheus... às vezes, desistir de algo é a maior prova de coragem. Mas, concordo, as coisas deste mundo não me satisfazem.
    :)
    beijo beijo

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