08/02/2011
Eu acabei me acostumando com aquele ideal de felicidade que a gente só vê nos filmes, aquela coisa boba, idiota, bonita que acontece. Eu idealizei aquilo para mim, idealizei em você. E foi aí que eu meti os pés pelas mãos: te dei o meu melhor, fiz tudo o que pude... para, de repente, ter qualquer indício de que você também me idealizava. Aí está o meu erro: gostar tanto de alguém que só existe para mim, só pra mim. Sabe aquelas coisas que dizem que a dor passa? Ainda não passou. Ainda dói acordar pela manhã, ver que está tudo a mesma merda, tentar voltar a dormir, ficar na cama até que não seja mais confortável, só para não fazer as coisas corriqueiras que nos obrigam a pensar em algo que, tão sagazmente, nos obrigamos a esquecer. Tudo isso dói, e mais, é cansativo. Não gosto de dormir pensando em qual será a mentira que contarei no dia seguinte, tentando debilmente enganar a mim mesma, para tentar sobreviver. Mas é a vida, no fim da contas, não é? Essa que pode ser megera indomável ou um pônei alegre que saltita e faz os olhos lacrimejarem de alegria, porque a felicidade tinha que se traduzir em alguma forma. É a vida. Essa que nos faz continuar vivendo apesar de todos os ventos contrários, porque nos faz acreditar que apesar de ela ser uma megera hoje, ela pode ser aquele pônei que você sonhou quando ainda era criança, na sua forma mais doce, pura e sublime – a vida que a gente sonha, e merece.
Dizem que passa, e acredito: vai passar.
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