InnerVoice #1
Já não sei me perder em palavras. Como se histórias não
soubesse contar. Os personagens que me acompanhavam, agora vagam noutro lugar.
O que fiz de mim morada, já não é bom para ficar. E eu me
procuro: em trovas, em versos, em botequins e no olhar. No olhar de um estranho
castanho que me impacienta, me inquieta, me devora e me nega o desejo de
cuidar. Na voz sedenta que grita
escárnio e, silenciosamente, amor pra dar.
0 opiniões: