Quando é amor...

quarta-feira, junho 01, 2011 3 Comments

Eu acordei e dei de ficar pensando na vastidão do mundo. Se ainda fosse criança, ouviria meu pai falar de Drummond e me dizer que mais vasto era o coração. E não é que ele estava certo?! E eu me perdi na vastidão do meu próprio. É que ele sempre disse que eu tenho o hábito de pensar demais, de racionalizar demais e complico as coisas. Não tenho essa coisa de simplesmente deixar ser, de se entregar. Era verdade. Mas só acreditei quando ouvi uma segunda opinião, que eu nem tinha pedido uma segunda opinião, pra falar a verdade. Ela veio sem ser convidada, entrando no meu ouvido, e eu esperando que ela passasse logo pelo outro e fosse embora, acabou entalando no meio da cabeça e descendo pro coração. E doeu. Ouvir dele que eu não me entregava, que eu não me deixava levar, que eu não me permitia. Mas ele não sabia das coisas que tive que passar. Teve um tempo que eu me permitir. Como uma adolescente louca que quer viver aventuras e provar pros pais que já é gente grande, que sabe lidar com as coisas, eu me entreguei – dei tudo de mim, o que tinha e o que nem sabia possuir para alguém que, de repente, deixou de gostar de mim. Foi tão de repente que nem tive a chance de me acostumar com a ideia. Tive que me acostumar enquando vivia a dor de ser deixada. Foi de repente que ele deixou de gostar de mim, e não foi de repente que eu deixei de gostar dele. Isso tudo foi num tempo que eu mentia para mim mesma: é a vida, essas coisas acontecem. Mas o que eu não entendia era por que acontecer logo comigo. Por que? Eu nunca vi ninguém desprezar um amor tão sincero, tão bonito assim, de repente... Ele não entendia, mas meu distanciamento era só cautela. Medo. Porque dele eu tava gostando inda mais e mais bonito. E eu que achei que não ia gostar de mais ninguém. É a vida, ela é engraçada. Você acha que não dá mais, que não tem mais jeito e como que de encanto – Plim! – lá está você de novo... amando, querendo ser amada, cuidada. Eu queria me deixar levar, mas de tanto que dele eu gostava, tanto era meu medo de, de repente, ele não me querer mais. E aí sim, eu ia afundar de vez. Porque amor de verdade quando acontece você não aceita um não, você não aceita o fim. E começa a se comportar como louca, perseguindo o cara pelas ruas, grita o nome dele em plena madrugada, liga pra ele e quando ele atende você desliga. Começa a se comportar como criança mimada que quer aquele brinquedo, e embora você tenha uma loja inteira de escolhas, é só aquele brinquedo, fora de moda, com pecinhas que são fáceis de se perder, que você quer. E você chora, implora, se joga no chão. Perde o orgulho, o amor próprio e se desfaz.
Eu olhava pra ele e queria dizer tanta, tanta coisa...  eu ficava perto dele e me subia uma vontade de abraçá-lo e não largar nunca mais... E queria que ele soubesse disso tudo, mas se eu o fizesse saber, eu assumiria para mim mesma um risco que eu não estava disposta a correr. E agora, eu vejo, talvez nem seja amor de verdade. Porque quando é a gente já agarrou o cara, já se jogou em cima, já disse tudo e nem viu como foi que aconteceu. Porque amor de verdade não tem medo. Amor é amor e não precisa de explicação pra ser.  É e pronto.

Emma

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

3 comentários:

  1. Verdade amar não precisa de explicação e nem entendimento, o sificiente pra entender é amar.^^
    Respeito o sofrimento que ele causa pois sei que q antes de tudo isso aocntecer, houveram lindos momentos que jamais eram esquecidos.
    BJu
    To te sguindo..
    Visita meu blog http://paradaobrigatoriacmc.blogspot.com/

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  2. Oii Parabéns pelo blog!
    Amor é tão complicado...
    Visita lá o meu blog e me segue tb!
    Ficarei feliz com a sua visita
    Beijos


    Blog Leitura entre Amigas: http://leituraentreamigas.blogspot.com/

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  3. Querida Manu

    o pior dos males é o arrependimento!

    por isso, se jogue! esqueça o orgulho, e de sem pedir em troca!

    Va em frente, viva! Porque a vida é linda e não para pra esperar!

    Saudade

    Dudu

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