Perdeu, playboy.
Então era isso. Era somente mais uma manhã de domingo, mais um dia. Fiquei surpresa ao constatar que - apesar de toda dor e medo que ando carregando dentro de mim nos últimos tempos e achar que as pessoas, não, as pessoas não: você... é você,..., achar que você deveria, no mínimo, ter sentido minha ausência e não sentiu e doeu- a vida passa. A vida tem passado todos os dias na minha janela, e eu fico ali com os olhos marejados sonhando com o que não foi e contemplo a passagem. Por enquanto ainda não saúdo a memória como uma amiga, a qual daria o meu braço e abraço só por ela ter passado por mim. Por enquanto, fico somente contemplando com os olhos marejados esperando que ela tenha dó de mim. Eu sei, eu sei. Tudo muito melodramático, mas é assim: enquanto dói e a gente não se acostuma, a gente fica nessa mania de viver um capítulo de novela mexicana por dia, por meses e, como esperado, tem-se o final. O meu não está longe acredite. Essa novelinha mexicana de quinta categoria vai acabar – e logo! Estou cansando de esperar que a vida tenha pena de mim, estou sendo displicente com a minha própria vida. E não posso mais continuar assim. Espera aí! É quando me olho no espelho e vejo como eu tô bonita... Bonita sim! Eu não consigo entender como você teve uma mulher linda, inteligente, que se importa, que chora, que fala (na medida certa, há de se ressaltar), que faz rir, que é de verdade. Muito mais que aquele rostinho maquiado que esconde mentiras. Perdeu, playboy! Doei muito do meu tempo para você, mas não se preocupe: não o culpo. Fiz porque quis. E é porque eu quero que eu tô mandando todas as nossas lembranças pro espaço. Que se dane! Eu grito sem fazer barulho, porque, no final, acho que tenho um pouco de medo dessas lembranças irem embora todas de uma vez e me deixarem com um vazio danado de grande aqui dentro. Seria pedir por mais um capítulo dessa novela barata, piegas, que enche o saco. Não, eu quero que elas vão embora, mas devagar... assim terei tempo de me acostumar, preencher os pequenos espaços que elas forem deixando, aí eu arrumo umas memórias fresquinhas pra preencher o lugar. Mas na verdade, na verdade mesmo, quero que elas vão embora devagar para que não haja mancha no bonito que foi a gente, porque quando eu digo ‘que se dane’, você bem sabe que é da boca pra fora...
Mas o ‘perdeu, playboy’ é de verdade.
Muito obrigado por seguir meu blog!!! Teve um grande trafego de leitores através do seu "eu leio" na barra do lado direito! Parabéns pelo seu blog, gostei do jeito pessoal que você retrata situações do cotidiano, estou seguindo!
ResponderExcluirObrigado de novo! E até novas postagens!
PS: As pessoas não estão comentando no seu blog apenas por um "probleminha" na hora de digitar o código (tive algumas dificuldades), mude a forma de comentar das pessoas nas suas configurações! Assim vão poder falar o quanto admiram o jeito que você escreve!
CHICLETE DE OVO
http://chicletedeovo.blogspot.com/
Que legal que você gostou daqui. Obrigada pela dica, vou consertar isso agorinha!
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