Dos contos sem fim

quinta-feira, agosto 29, 2013 0 Comments

A verdade é que eu sempre fui sozinha. Fiz da solidão a minha melhor companhia, poderia dialogar horas a fio pela noite que findava no orvalho da manhã sem cansar. Mas o cansaço, sempre, de alguma forma, me alcançava. Deixava o corpo mole, letárgico. Quase perdia as vontades. Era difícil encontrar-me em meio a tantos devaneios, dúvidas e sentimentos que garoavam dentro de mim, mesmo em dias e noites extremamente quentes. 

‘Parece que vai garoar... Sempre garoava’.



Queria poder descansar a solidão que meus braços carregavam e despejá-la em outros braços, abraços que se faziam sem provocação. Queria dividir. Difícil era achar alguém disposto a receber toda essa carga de sentimentos medíocres. Serão mesmo medíocres? Ou só o são, se são, devido à inabilidade de compreender o que nos dói, nos afasta, nos destrói? 

Emma

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

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